Na última pesquisa da Quaest a desaprovação de Bolsonaro subiu para 56%, a aprovação caiu para 19% e o regular ficou em 22%. Parece que o eleitorado de Bolsonaro está vazando na direção da opinião regular para, em seguida, apoiar outros candidatos, possivelmente Lula, se tal eleitor for dos setores populares ou Moro, se for de classe média.
Esse contínuo derretimento de Bolsonaro, cuja aprovação pela primeira vez cai abaixo de 20%, e o crescimento e consolidação da liderança de Lula, agora sinalizando que pode ganhar até mesmo no primeiro turno, está produzindo fortes reações nas forças sociais e políticas.
Bolsonaro reage apostando na aprovação da PEC do calote, que lhe dará 92 bilhões de reais para comprar apoio eleitoral em 2022. Essa PEC ainda vai passar pelo Senado, onde enfrentará uma resistência bem maior.
Por sua vez, o orçamento secreto, que executa esse objetivo, sofreu um golpe sério com a decisão do STF de suspendê-lo. Certamente Bolsonaro/Lira encontrarão outros meios para desafiar a decisão do STF afim de jorrar dinheiro público nos bolsos dos deputados e senadores da base do governo.
A dúvida aqui é quantos destes deputados e senadores irão receber esse dinheiro sujo mas apoiarem Lula em suas respectivas bases eleitorais, especialmente no Nordeste, traindo assim Bolsonaro em nome do que lhes é mais caro, suas próprias reeleições.
Mais esperançosa diante da alta desaprovação de Bolsonaro, a burguesia de oposição, que é contra o presidente mas apoia a desastrosa política econômica antipopular e antinacional de seu ministro da Economia, olha com “saudosismo” para o lançamento da candidatura de Moro.
Nessa pesquisa Moro aparece com 8%, à frente de todos os demais pretendentes da chamada terceira via, inclusive Ciro. No entanto, Moro agora estará exposto ao sol e à chuva da disputa política, e não poderá mais falar com o “rei na barriga”, como fazia no auge da ditadura da Lava Jato. Se for mesmo candidato, ele será chamado de traidor, pelos bolsonaristas e de “juiz ladrão”, pelas forças populares.
Dificilmente a agenda do combate à corrupção do candidato Moro terá a força da época em que ele e a Lava Jato eram a régua e o compasso da política nacional. Agora, passada a fase pior da pandemia, os destroços da economia nacional aparecem à vista de todos, sobretudo da população mais pobre, que está desempregada, sem direitos e passando fome.
Enquanto os setores de extrema direita e da oposição de direita da burguesia se engalfinham, e o protagonismo antibolsonarista do STF é reflexo disso, Lula contina montado nas pesquisas, empolgando a esperança do povo, em primeiro lugar de quem ganha até 2 SM, e abrindo caminho para o centro político, gerando com essa movimentação verdadeiro pânico nas direitas.
A viagem de estadista que Lula está fazendo na Europa, contraponto inevitável à vergonhosa e humilhante passagem de Bolsonaro pelo G20, lhe dará mais consistência nos segmentos de centro (tanto nos de classe média quanto em setores empresariais) para conduzir a dificílima missão da reconstrução do Brasil.
A sinalização de que Lula pode ganhar no primeiro turno sinaliza também que as eleições do próximo ano podem se converter numa Revolução Democrática antifascista. Um momento de virada do Brasil num contexto em que a hegemonia internacional norte-americana perde força para a afirmação do mundo multipolar, comprometido com a sobrevivência do planeta e com a redução das desigualdades sociais.
(*) Por Val Carvalho – escritor e militante de esquerda
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