O Ministério Público do Trabalho (MPT) no Maranhão destacou que o Estado continua sendo o maior fornecedor de mão de obra escrava do Brasil. O trabalho escravo contemporâneo é uma das tipificações do crime de tráfico de pessoas. Segundo dados do Observatório Digital do Trabalho Escravo (MPT / OIT), 22% dos trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão no Brasil são maranhenses.
De 2003 a 2018, em todo território nacional, foram resgatados 8.119 trabalhadores nascidos no Maranhão, sendo que, 49% dessas vítimas se declararam pretas ou pardas. Em todo o território nacional, foram resgatados 45.028 trabalhadores de situações análogas à escravidão, com 54% das vítimas se declarando pretas ou pardas.
Entre os maranhenses resgatados, 39% eram analfabetos, 36% possuíam ensino fundamental incompleto e 82% das vítimas trabalhavam no setor agropecuário.
Setores econômicos em que há mais casos de resgatados maranhenses:
- 39% – criação de bovinos para corte
- 22% – fabricação de álcool
- 16% – cultivo de arroz
Fluxos migratórios dos resgatados maranhenses
Entre os municípios maranhenses com maior número de trabalhadores egressos estão:
- Codó (357 pessoas)
- Açailândia (326)
- Pastos Bons (267)
- Imperatriz (230)
- Santa Luzia (191)
Ainda segundo o MPT/OIT, os estados de destino dos trabalhadores resgatados nascidos no Maranhão são: Pará, São Paulo, Amapá, Tocantins, Ceará e Minas Gerais.