Audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) é encerrada sem possibilidade de avanço na política de testagem para os profissionais de saúde do Rio Grande do Sul. A desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse considera que não havia mais possibilidade “de evoluir na construção de uma proposta que pudesse melhorar a política de testagem dos empregados da saúde”. Este foi o último encontro realizado na quinta-feira, 3 de setembro. Ação judicial foi movida pela CUT-RS, Federação dos Trabalhadores da Saúde do Rio Grande do Sul (FESSERS), apoiada pelos sindicatos dos Trabalhadores da Saúde, dos enfermeiros e do Conselho Regional de Enfermagem (COREN-RS).
A proposta da desembargadora foi rejeitada mais uma vez pelas federações patronais que optaram por apenas orientar aos hospitais para que procedam as testagens nos sintomáticos. A Federação das Associações dos Municípios (FAMURS) se comprometeu a atuar junto aos órgãos municipais para que reforcem a testagem.
“É uma completa irresponsabilidade e uma postura criminosa dos gestores da saúde ao tratar com descaso uma política de preservação e segurança no trabalho para garantir cuidado e proteção aos trabalhadores da saúde”, destaca o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.
O presidente do Sindisaúde, Júlio Iensen lamentou a postura da patronal e a falta de atenção com a categoria. “A falta de compromisso e a irresponsabilidade com seus funcionários ficou escancarada durante as tentativas de um acordo simples e extremamente importante para garantir a vida dos trabalhadores que estão na linha de frente de combate à pandemia e também dos contatantes”, ressalta o presidente da FESSERS, Milton Kempfer.
Os profissionais de saúde estão expostos à contaminação por Covid-19 no Rio Grande do Sul. Já são mais de 131 mil infectados e 3,5 mil mortes.
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