O Ministério da Saúde começa a entregar 272 respiradores mecânicos produzidos no Brasil e assinou contrato com grupo de empresas brasileiras para a produção de outros 14.100. Atualmente, o Brasil conta com 65.411 respiradores, sendo que 46.663 estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o governo, neste primeiro momento, serão beneficiados os locais que estão em situação mais grave da doença e necessitam com urgência dos equipamentos para tratar pacientes e habilitar leitos de UTI. Os ventiladores são equipamentos fundamentais no tratamento de casos graves da Covid-19. Eles ajudam pacientes que apresentam dificuldades respiratórias e que não conseguem respirar sozinhos.
Mas o que poderia ser uma boa notícia de aquisição de um maior número de ventiladores para salvar vidas, na verdade não chega a suprir a falta dos 15 mil respiradores que o governo brasileiro compraria da China e que o Ministério da Saúde simplesmente cancelou a compra por ordem expressa do ministro Nelson Teich. Segundo o Ministério, a compra foi cancelada porque o fornecedor não teria conseguido produzir os aparelhos a tempo.
Vale lembrar que, em videconferência com empresários da saúde no início do mês, Teich criticou a compra de respiradores, falando que era um investimento desnecessário e questionando o que iria se fazer depois.
Segundo Teich, “essa compra de aparelhos, de insumos, tudo isso. Se você comprar tudo para todo lugar ao mesmo tempo é um volume de dinheiro muito maior que se você tivesse parado para comparar a evolução dos diferentes países do Brasil e fosse remanejando. Porque, por exemplo, hoje você tem um número de ventiladores mecânicos que você precisa, aí de repente você dobra a sua quantidade de ventilador mecânico. O que você vai fazer com isso depois?”