O ministro da Educação, Abraham Weintraub, se manteve contrário ao adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano por mais seis meses, cogitado em virtude da pandemia de coronavírus no país. Ele participou da reunião de líderes partidários do Senado, feita por videoconferência, nesta terça-feira (5/5), para explicar sua posição.
Weintraub alegou que a crise de saúde não seguirá até a época da realização das provas, prevista para novembro. E apesar dos apelos de vários líderes partidários que estão solidários aos estudantes, ele se manteve irredutível.
Os estudantes se mobilizam nas redes sociais para adiar as datas da prova, mas o ministro ignora as dificuldades enfrentadas por muitos deles com os estudos durante a quarentena.
A União Nacional dos Estudantes (Une) e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) apontam a necessidade de adiamento do Enem devido à pandemia do coronavírus e lançaram uma petição pelo adiamento do Enem, que já reúne mais de 30 mil assinaturas (clique aqui para assinar).
Weintraub não está nem aí se a realidade dele é muito diferente da grande maioria dos estudantes. Uma pesquisa da TIC Domicílios do ano passado, revelou que 30% dos brasileiros não têm acesso à internet e a maioria só acessa pelo celular. Apesar de parecer um número pequeno, muitos estudantes enfrentam problemas de conexão, mesmo com o acesso.