O ministro da diáspora israelita cancelou uma visita agendada a Bruxelas, à medida que crescem os apelos para prender os envolvidos em crimes em Gaza.
O ministro Amichai Chikli anunciou que cancelou a sua viagem a Bruxelas, na Bélgica, “à luz de avisos concretos e de acordo com as orientações das autoridades de segurança”.
“Lamento ter recebido ordens de autoridades de segurança para cancelar o evento desta noite… Infelizmente, a capital europeia tornou-se um lugar inseguro para judeus e israelitas”, sublinhou o ministro israelita na terça-feira.
A televisão pública israelita informou que Chikli cancelou a sua viagem depois de as autoridades belgas terem anunciado que não lhe seria concedida imunidade diplomática.
A razão não foi explicada, mas vários meios de comunicação israelitas apontaram para possíveis queixas pelo seu envolvimento na recente ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza. A Fundação Hind Rajab (HRF) garantiu que Chikli cancelou a viagem para “evitar ser processado”, conforme publicou na rede social X.
“O ministro que ameaçou o presidente da HRF, Dyab Aboujahjah, cancelou uma visita a Bruxelas por ‘razões de segurança’. Estamos convencidos de que esta decisão tem mais a ver com evitar a justiça e a ação judicial. A Fundação Hind Rajab continuará os seus esforços para acabar com a impunidade”, argumentou.
A HRF apresentou queixas contra soldados israelitas em países onde estavam de férias, o que em alguns casos levou Israel a organizar a sua evacuação imediata.
Além disso, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de detenção em Novembro do ano passado contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o seu antigo ministro dos Assuntos Militares, Yoav Gallant, por crimes de guerra em Gaza.