Em dezembro, foram comemorados os 80 anos do primeiro poço de petróleo da Petrobrás no Brasil. No mesmo mês, a empresa estatal anunciou outro pionerismo: a perfuração do mais profundo poço exploratório da história do país, o primeiro do bloco ES-M-669, no pré-sal da Bacia do Espírito Santo, em uma área conhecida como Monai
No dia 10 de dezembro, a Petrobrás anunciou que concluiu a perfuração do poço exploratório de petróleo do bloco ES-M-669, batizado de Monai, em referência ao personagem mitológico da cultura Guarani. A bacia é de pré-sal, se localiza a 145 km da costa do Espírito Santo e é uma verdadeira potência sendo o poço mais profundo já perfurado no Brasil, com cerca de 7.700 metros; e maior camada de sal já perfurada no país, com aproximadamente 4.850 m.
Isso mostra a grandiosidade da estatal, apesar dos desmontes feitos pelo atual governo. Esse poço exploratório tem a função de obter informações sobre as características das rochas presentes na bacia, sua geologia, as características do ambiente marinho e principalmente, a presença de reservatórios com petróleo ou gás. Os dados obtidos ajudarão a definir o futuro do bloco ES-M-669 e contribui para que a Petrobrás possa melhorar a exploração energética no Brasil.
“Os poços exploratórios são investimentos estratégicos e importantíssimos para ampliar, consolidar e aprofundar o conhecimento geológico e geofísico das áreas. A Petrobrás construiu todo esse conhecimento que a agigantou e a colocou entre as maiores do mundo no setor, ganhando prêmios internacionais, sendo a empresa com maior índice de sucesso exploratório, investindo pesado e consistentemente em treinamento e aquisição de dados por gerações. Entender isso é fundamental para qualquer gestor da empresa”, afirmou a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobrás, Rosângela Buzanelli.
Monai: um poço de recordes e potência exploratória
Fora do eixo Rio de Janeiro e Santa Catarina, onde se localizam as importantes Bacias de Santos e Campos, Monai foi um verdadeiro desafio técnico e alto nível de complexidade operacional. A perfuração do poço na lâmina d’água, que é a distância entre a superfície da água e o fundo do mar, tem 2.366 metros. Como já mencionado no começo da matéria, é o poço mais profundo já perfurado no Brasil, com cerca de 7.700 metros, que equivale a 1,3 vezes a altura do Monte Kilimanjaro, montanha mais alta da África.
O recorde anterior era do poço conhecido como Parati, um dos primeiros da descoberta do pré-sal, perfurado em 2005, na Bacia de Campos, com 7.630 metros. Monai também tem números expressivos na espessura da camada de sal já perfurada, que é de 4.850 metros (a maior já perfurada do país), o equivalente à altura de quase seis Burj Khalifa, arranha céu mais alto do mundo. Até então os números mais recentes pertenciam a Santos, com cerca de 2.000 a 2.200 metros.
O bloco ES-M-669
O ES-M-669, que abriga o poço Monai, foi comprado em 2013, na 11ª Rodada de Concessões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Petrobras é dona da maior parte da operação do bloco com 40% de participação, enquanto a iniciativa privada representada pelas empresas Equinor e Total, que completam a formação do consórcio, têm 35% e 25% respectivamente.
Do Candeias 1 ao Monai, um crescimento histórico
Desde 14 de dezembro de 1941, há 80 anos atrás, na Bahia, quando o Conselho Nacional do Petróleo (CNP) descobriu o Candeias 1 – primeiro poço de petróleo do estado, que a Petrobrás vem investindo em novos estudos e tecnologias os quais possibilitaram outras grandes descobertas. Em 1959, durante seus primeiros anos de produção, o Candeias 1 chegou a produzir mais de 15 mil barris/dia. O poço permanece ativo. Depois de Candeias, foram descobertos os campos de Dom João, em 1947, e de Água Grande, em 1951. Contudo, todos foram entregues a iniciativa privada.
O Estado da Bahia é repleto de poços de petróleo e campos para a produção de gás natural, principalmente na região do recôncavo baiano. São diversos polos, batizados de: Polo Bahia Terra, Polo Rio Ventura, Taquipe (São Sebastião de Passé), Santiago (Catu), Mata de São João, Buracica (Alagoinhas) e Bálsamo (Entre Rios). Todas essas bases da Petrobrás são importantes para os municípios, que são beneficiados financeiramente através dos repasses de impostos como ISS, ICMS e royalties. Isso garante o desenvolvimento econômico dessas cidades e a geração de emprego no nosso estado.
Em 1968, a região nordeste é destaque novamente com a primeira descoberta de petróleo no mar, batizado como Campo de Guaricema, em Sergipe. Eram as primeiras atividades em P&D e na exploração de petróleo offshore da Petrobrás. Mais tarde, na Bacia de Campos, foram descobertos os poços Garoupa, Enchova, Namorado, Pampo, Corvina, Piraúna e outros em campos de águas rasas. Nas águas profundas, são destacados os campos de Albacora (1984) e Marlim (1985). Com o avanço da tecnologia, a estatal começou a bater seus primeiros recordes mundiais no processo da exploração de petróleo.
Um pouco antes, entre as décadas de 70 e 80, a Petrobrás descobriu dois campos, chamados de Juruá e Azulão. Mas nenhum dos dois produziu petróleo e ambos foram privatizados. Mas o Amazonas é hoje o terceiro maior produtor de gás no país, por meio das operações da Petrobras no polo Urucu, conectado a Manaus por um gasoduto de 660 quilômetros. Já em 1952, foi descoberta a Bacia Potiguar, que é localizada ao longo da costa do estado do Rio Grande do Norte e extremo-leste do estado do Ceará. Mas, os poços potiguares foram sofrendo com a falta de investimentos da estatal e estão sendo repassados para empresas privadas.
No fim dos anos 1990, foram descobertos os campos de Espadarte, Caratinga (1994) e Roncador (1996). Este último foi o primeiro ‘ campo de petróleo em produção em águas ultra profundas no mundo, batendo recorde mundial de produção, com seus 1.853 metros de lâmina d’água. No início dos anos 2000, novamente o Campo do Roncador garante prêmios a Petrobrás, com a conquista do Distinguished Achievement Award (2001) e o recorde mundial de produção em profundidade, com 1.877 metros de lâmina d’água. Em 2003 é dado início as primeiras explorações do Pré-sal na Bacia de Santos.
Já em 2006, começa a era do pré-sal, composto pela Bacia de Santos: Tupi, Iracema, Iara, Guará, Franco, Libra; e com mais de 40 anos, a Bacia de Campos: Parque das Baleias. Foram as maiores descobertas da Petrobrás de reservas gigantes e supergigantes de petróleo na camada geológica do pré-sal. A Bacia de Santos é a maior bacia sedimentar offshore do país, com uma área total de mais de 350 mil quilômetros quadrados, onde reúne os maiores campos produtores do país, como Tupi e Búzios.
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