Dia 15 de setembro as mulheres do movimento feminista em Florianópolis fizeram um ato para denunciar que o estuprador André Aranha estava saindo ileso das investigações, mesmo com provas do crime. Dois meses depois, ocorreu o julgamento em que a vítima foi mais uma vez violentada, dessa vez, pelos juízes e pelo Estado.
Então, o movimento feminista da cidade, 8M, juntamente com mais mulheres, organizaram o 2° ato de #JustiçaPorMariFerrer, ocorrido no dia 04/11. E três dias depois aconteceu o 3° ato, com cerca de mil pessoas e que teve a sua construção, feita por muitas mulheres procurando justiça e o fim da cultura do estupro em nossa sociedade.
O ato ocorreu bem, mas após seu encerramento, nos deparamos com um dos grupos de WhatsApp que reuniam mulheres da comunicação, que foi hackeado. Lá, foram colocadas imagens queimando a bandeira LGBT, o grupo com nome #JustiçaPorMariFerrer foi mudado para Justiça para André Aranha e tiveram muitas imagens de ódio a comunidade LGBTQIA+ e às feministas que ali estavam.
Ao questionar os hackers, fui ameaçada. Ficaram divulgando a minha foto no grupo e ameaças de invasão virtual às minhas redes. Além disso, deixaram explícito que aquele seria só o primeiro grupo e os ataques não irão cessar, segundo eles.
Nós mulheres continuamos unidas e articuladas, e cada vez mais, com sede de justiça.