Desde o fim do dia dessa sexta-feira (29), as redes sociais veiculam mensagens criando um clima de suspense sobre a deflagração da greve dos caminhoneiros neste fim de semana. No entanto, essa greve não vai acontecer. O tensionamento que tem sido criado nas redes sociais é falso, segundo fontes com acesso ao governo federal.
Informações de fontes com acesso ao Palácio do Planalto ao Jornal Brasil Popular dão conta de que o movimento só teria chances de prosperar se houvesse uma grande paralisação e que essa paralisação tem de ser por mais de um dia para conquistar os objetivos. No entanto, esse tipo de greve só acontece entre caminhoneiros na base da violência. De piquete violento.
Outro motivo que irá abortar a prometida greve nacional é que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) já avisou aos líderes do movimento que se começarem a fazer a paralisação e, sobretudo, os piquetes violentos, todos serão presos. O GSI avisou que tem a relação de todas as lideranças e que irá prendê-las imediatamente.
O piquete violento foi o único método com o qual os caminhoneiros conseguiram viabilizar a greve contra o aumento dos combustíveis, em maio de 2018, durante o governo Michel Temer. “Naquela época houve piquete violento, e foi isso levou à paralisação. Os caminhões não passavam e os caminhoneiros que não aderiram ficaram com medo de passar nas barreiras de piquete. Eram piquetes violentos. Depois, tiveram respaldo popular porque eles reivindicavam a redução no preço do diesel e da gasolina”, analisou uma das fontes que pediu para não ser identificada.
“As lideranças dos caminhoneiros já receberam o recado do serviço militar do Palácio do Planalto de que se houver piquete, haverá prisões”, garantiu. Disse ainda que, na opinião do governo federal, com essa ação, não há como uma greve de caminhoneiros prosperar. “Somente na base do convencimento verbal não haverá nenhuma paralisação. Greve de caminhoneiro só acontece se causar problemas de abastecimentos e tenha visibilidade”, afirmou.
“O que está acontecendo aí é um jogo de Jair Bolsonaro e algumas lideranças dos caminhoneiros para dar uma impressão de que houve pressão da categoria, mas houve intervenção de Bolsonaro e o problema foi resolvido. O governo vai dar um pequeno reajuste na tarifa de frete, que ninguém está cumprindo, e, talvez, proponha alguma coisa relacionada do diesel, mas será pouca coisa porque, com Paulo Guedes, não tem a mínima chance de não seguir com a política econômica que ele administra do Ministério da Economia”, analisou.