Central Única dos Trabalhadores no Distrito Federal (CUT-DF) divulgou uma nota em que denuncia os ataques dos gestores bolsonaristas que comandam o BB ao direito de organização dos trabalhadores da empresa
Além disso, revela que, descumprindo de forma explícita o ACT, a direção de pessoas do BB tenta impedir a liberação de delegados sindicais e travou, inclusive, o envio dos pedidos de dispensa às respectivas unidades. Confira:
A direção da CUT-DF repudia veemente os ataques à livre organização sindical orquestrados pela direção do Banco do Brasil. Descumprindo de forma explícita o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a direção de pessoas do BB tenta impedir a liberação de delegados sindicais e travou, inclusive, o envio dos pedidos de dispensa às respectivas unidades. E, mesmo com a intervenção do Sindicato dos Bancários de Brasília para reverter a situação, o BB manteve a medida.
A liberação do delegado sindical está prevista na Cláusula 26 do ACT dos funcionários do BB, que assegura até dez dias úteis por ano ao representante eleito de ausentar-se das suas atividades no Banco para o exercício da atividade sindical. Vale lembrar que, desde 2003, quando a cláusula que trata dos direitos e deveres dos delegados sindicais foi conquistada em ACT, essa é a primeira vez que o ataque à liberdade sindical ocorre.
É importante destacar que a tentativa de enfraquecimento da atuação sindical acontece em um movimento de grandes ataques às organizações sindicais em todo o país e sob um Governo Federal totalmente antidemocrático. Desde que assumiu o governo em 2018, Bolsonaro não tem medido esforços para debilitar os sindicatos e os direitos da classe trabalhadora ─ já fragilizados pela nefasta reforma trabalhista do governo golpista de Michel Temer.
Impedir que delegados sindicais sejam liberados para exercer a atividade sindical é travar a luta por direitos. Ao impor essa medida esdrúxula, o BB impede que haja fiscalização às diversas denúncias de metas abusivas, sobrecarga de trabalho e outros casos de desrespeito ao trabalhador. Não aceitaremos!
Seguiremos lutando pela liberdade de organização sindical e pelo fortalecimento das entidades sindicais ─ principais instrumentos de luta e defesa da classe trabalhadora. Lutaremos ainda para que a liberdade sindical seja tratada como um direito fundamental e ações antissindicais como essas não ocorram em nenhuma instituição, seja pública ou privada.
Brasília, 13 de janeiro de 2022
Direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF)
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