A abordagem vivencial trazida neste texto alicerça-se na contribuição teórica que nos últimos anos vários mestres e pensadores têm disponibilizado no aprofundamento do conceito e das possibilidades para o desenvolvimento das Tecnologias Sociais.
Inobstante o reconhecimento de registros centenários que mantém relação com o tema, podemos afirmar que a partir da década de 1960, com o aumento da produção das chamadas tecnologias apropriadas, gradativamente o conceito de Tecnologia Social passou a ser mais popularizado.
Como consequência desta trajetória surge o conceito que mais representa este acúmulo: “Tecnologia Social compreende produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representem efetivas soluções de transformação social”.
As Tecnologias Sociais tornam-se mais conhecidas na medida em que se apresentam como uma alternativa moderna para a solução de problemas estruturais das camadas mais excluídas da sociedade. Nelas podemos encontrar soluções de baixo custo para temas como a educação, meio ambiente, energia, alimentação, habitação, água, trabalho e renda, saúde, etc.
Diversas instituições no Brasil passaram a adotar as Tecnologias Sociais como eixo de sua atuação e muitas destas experiências tornaram-se alternativas efetivas de políticas públicas, principalmente por promoverem desenvolvimento com sustentabilidade socioeconômica e ambiental e proporcionarem a inclusão social por meio da geração de trabalho e renda.
No Brasil a experiência mais exitosa na identificação e certificação de Tecnologias Sociais é o trabalho desenvolvido pela Fundação Banco do Brasil através do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais e do Banco de Tecnologias Sociais.
Para um país que tenha no desenvolvimento sustentável um de seus pilares estratégicos de atuação, as Tecnologias Sociais colocam-se como uma alternativa viável e com todas as condições de serem reaplicadas como efetivas políticas públicas sustentáveis.