Segundo fontes do próprio governo, o Tesouro Nacional, o SUS perdeu mais de R$ 9 bilhõess em 2019, devido à Emenda Constitucional 95/2016, aprovada no Governo Temer, que congelou os gastos da União para algumas áreas. Em 11 estados houve redução dos serviços do SUS. Foram fechados 17 hospitais e 30 unidades básicas de saúde. Somando as perdas, em 2019 o SUS fechou 4 estabelecimentos de saúde por dia.
O SUS está sofrendo não apenas a diminuição dos seus recursos (que já eram insuficientes), mas também de desregulamentações e privatizações. Foram diminuídos os profissionais necessários nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nas equipes de Saúde da Família. E os requisitos para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva estão em revisão. O financiamento da atenção básica foi alterado e, seguramente, a maioria dos municípios não vai conseguir manter seus recursos. A administração da atenção básica (unidades básicas de saúde) está sendo passada para uma agência, que agirá com autonomia em relação às secretarias estaduais e municipais de saúde.
Todos os brasileiros usufruem do SUS, todos. Seja pela vacinação massiva, que bloqueia a propagação de doenças transmissíveis, ou por meio do consumo de produtos e serviços (medicamentos, alimentos, cosméticos, produtos de limpeza, salões de beleza, restaurantes, lanchonetes, entre muitos outros), com a qualidade verificada pela vigilância sanitária. Ou, como agora, na proteção da saúde contra o coronavírus.
Só o SUS tem pessoal especializado (sanitaristas), uma rede organizada e com capilaridade em todo o nosso território, pesquisadores e cientistas que podem estudar a situação, planejar estratégias de prevenção e agir coordenadamente e com competência em casos suspeitos ou confirmados. A pesquisa feita em unidades do SUS é fundamental. Mas tanto os serviços do SUS, quanto os institutos de pesquisa estão sendo sucateados pelo governo Bolsonaro.