A estratégia do setor extremista da oposição venezuelana que procura manipular a percepção do eleitorado através de sondagens que mostram o seu candidato, Edmundo González, como vencedor, perde o seu efeito quando se revela que nas suas próprias sondagens surge o candidato Nicolás Maduro como o vencedor.
Este domingo soube-se que a sondagem promovida pelo meio digital La Patilla sobre a participação de 95.050 utilizadores na rede social, deu a Nicolás Maduro o vencedor com 72% dos votos enquanto Edmundo González obteve 26%.
Diante do resultado desfavorável para esse setor de oposição, o portal de notícias deletou a postagem, porém, uma captura de tela com os dados foi divulgada nas redes sociais e gerou ridículo por parte dos usuários. O Ministro do Poder Popular para Comunicação e Informação, Freddy Ñáñez, compartilhou mensagem na rede social
O ministro também se referiu a outra consulta, feita pelo jornalista Eugenio Martínez na mesma rede social
O coordenador geral do Comando de Campanha Venezuela Nuestra, Jorge Rodríguez, revelou na sexta-feira as conclusões da empresa de pesquisas Datanalisis sobre uma pesquisa que realizou a pedido do setor de oposição que apoia Edmundo González, cujo resultado é que Maduro vence o eleição presidencial.
Rodríguez, que também apresentou vários inquéritos onde se prevê que Maduro seja o vencedor, referiu-se também ao resultado de um inquérito realizado nos EUA pela plataforma de mercado Polymarket, baseado em previsões descentralizadas onde os utilizadores fazem apostas em acontecimentos mundiais, o que também dá o vencedor para Maduro com 70% dos votos.
Da mesma forma, denunciou que a empresa transnacional de comunicações CNN está orquestrando um plano mediático com a Plataforma de Unidade Democrática (PUD) que ignorará os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral no domingo, 28 de julho.
Na quinta-feira passada, Biagio Pilieri, porta-voz do PUD, informou aos meios de comunicação que só reconhecerão os resultados das atas que elaborarem no dia das eleições.
Semanas atrás, o primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, Diosdado Cabello, alertou sobre o uso da guerra eleitoral com dados manipulados pela oposição para inflar seus números e teoricamente influenciar a intenção de votar a favor de Edmundo González.
Com esta estratégia pretendem criar expectativas maiores do que realmente têm, explicou recentemente a advogada Ana Cristina Bracho à Telesur.
Os meios de comunicação privados e estrangeiros têm divulgado estes inquéritos, aos quais alguns especialistas atribuem um problema estrutural na sua amostra estatística, ao mesmo tempo que descartam outros inquéritos como os da Hinterlaces, ICS, Dataviva e Ideadatos, que dão a Maduro o vencedor e apresentam claramente a sua ficha técnica em que explicam o tipo de amostragem, tamanho da amostra, nível de confiança e margem de erro.
Este domingo, Rodríguez respondeu a um comunicado da Associação de Imprensa Estrangeira credenciada na Venezuela denunciando que “a extrema direita, o fascismo, a extrema direita venezuelana está preparada para não reconhecer a verdade e não reconhecer o resultado eleitoral”.