O Jornal Brasil Popular tem publicado, nos últimos dias, a série de artigos de ex-presidentes da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), que a entidade tem divulgado em seu site para comemorar seus 60 anos (17/10/1061). De autoria de Silvio Sinedino, ex-presidente entre 2012/2014, este é o quinto e último o artigo. Confira na íntegra
Os 60 anos da AEPET
Para falar da Associação dos Engenheiros da Petrobrás é necessário primeiro falar da própria Petrobrás e da sua história.
Criada por uma memorável Campanha popular chamada de ”O Petróleo é Nosso!” foi a manifestação da força e da vontade de um povo em defesa dos seus interesses mais estratégicos, entendendo a importância vital da energia para o desenvolvimento de um país, energia que até hoje tem no petróleo a sua maior e mais eficaz modalidade.
E o povo estava correto: a Petrobrás desenvolveu-se como sua mais bem sucedida realização, transformando-se na maior indutora do desenvolvimento nacional e ao mesmo tempo mostrando ao mundo a nossa capacidade de inovação e criação, reconhecida pelos muitos prêmios internacionais conseguidos.
Mas a construção da Petrobrás, uma verdadeira saga, teve que enfrentar inimigos poderosos desde antes da sua criação, quando ainda era um sonho, até, e principalmente, hoje quando já é uma realidade vitoriosa.
Nesse contexto é que pode ser entendida a criação da AEPET – Associação dos Engenheiros da Petrobrás, que sempre foi, desde sua fundação, um bastião de defesa da Companhia, usando como sua maior ferramenta para isso o conhecimento técnico e a capacidade dos seus profissionais e engenheiros, tendo sempre como mote a soberania nacional, soberania esta que tem na Petrobrás o seu maior símbolo.
Assim, a defesa da categoria, também sempre realizada pela AEPET, nunca teve objetivos meramente corporativos, mas entendendo que a defesa dos seus técnicos é a própria defesa da Petrobrás na medida em que foram e ainda são a garantia da sua excelência no mundo do petróleo.
Como dito, a Petrobrás sempre enfrentou inimigos que nunca aceitaram seu sucesso porque na realidade representam interesses estrangeiros, que têm como objetivo manter o Brasil na condição de colônia e nesse sentido mero exportador de produtos primários, que não agregam valor e impõem à imensa maioria do povo brasileiro a situação de miserabilidade em que, tristemente, nos encontramos.
Consolidada a Petrobrás como este gigante bem sucedido, seus inimigos tentam agora destruí-la pelo esquartejamento das suas unidades, o que vêm conseguindo pela inércia dos Poderes Legislativo e Judiciário, e pelos interesses mesquinhos e pecuniários do Executivo.
A maior prova disso são os preços absurdos dos combustíveis, envolvidos em toda cadeia produtiva, encarecendo todos os produtos, e, em especial, o preço do gás de cozinha que faz a população voltar ao passado do uso da lenha.
A PPI, Política de Preços de Paridade de Importação, que vem sendo aplicada pela Petrobrás, nitidamente favorece às multinacionais do petróleo que assim conseguem competir no mercado brasileiro, escorchando a população e garantindo dividendos fabulosos aos acionistas da Companhia, demonstrando claramente que os interesse desses acionistas, hoje na maioria privados, prevalecem sobre os interesses do povo, por quem e para quem a Petrobrás foi criada.
A AEPET, honrando sua história, vem se manifestando seguidamente em suas publicações contra a PPI, demonstrando com fartura de dados, o absurdo que é um país que produz 94% do petróleo que consome comportar-se como um importador absoluto desse produto vital, o que, repetimos, só favorece às multinacionais e aos acionistas privados da Petrobrás e prejudicando mortalmente a população brasileira.
Não são suposições, são dados reais, a Petrobrás pelos custos de produção que tem pode garantir preços razoáveis dos combustíveis à população sem comprometer seus investimentos e tendo lucros compatíveis.
Lembramos mais uma vez que os preços dos combustíveis interferem no custo de todos os produtos e se forem mantidos em níveis adequados contribuirão para a redução dos preços que já alimentam uma inflação que, como sempre, prejudica a maior, e mais desfavorecida, parcela da população.
Aos inimigos da Petrobrás, e assim nossos inimigos, alertamos que a AEPET continuará a denunciar suas tentativas de destruição da Companhia, desmascarando seus falsos, agora “fakes”, argumentos e sempre em defesa da Petrobrás e, consequentemente, da Soberania Nacional.
Não há derrota definitiva para o Povo!
Viva a AEPET! Viva a PETROBRÁS!
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