O porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse nesta 6ª feira (1°.abr.2022) que a Otan (Organização do Tratatado do Atlântico Norte) “deveria ter se tornado história” depois da desintegração da União Soviética, em 1991.
Para Zhao, a manutenção da aliança militar no período pós-soviético e a continuidade da expansão no Leste Europeu violaram compromissos estabelecidos com a Rússia e, por isso, considerou a Otan como a “maior promotora da crise na Ucrânia”.
Embora a China critique o uso da força militar para a resolução do conflito e rejeite comparações com a relação de Pequim junto à ilha de Taiwan, representantes chineses vem se abstendo de uma condenação formal em organismos multilaterais.
Mesmo intelectuais e estrategistas norte-americanos, como o ex-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca e ex-secretário de Estado, Henry Kissinger, argumentam que a continuidade da Otan e as sucessivas expansões no quintal de influência russa foram um erro do Ocidente.
A neutralidade ucraniana, que envolve o não-alinhamento e a proibição da presença de bases militares em seu território, é uma das exigências de Moscou a Kiev para encerrar as ofensivas no país.