Na semana em que se completou 30 anos da morte de Cazuza, vítima de Aids, pesquisadores brasileiros da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apresentaram um estudo em que dizem ter conseguido eliminar o vírus HIV de um homem que vivia com a doença há oito anos.
O paciente de 34 anos foi tratado com um novo coquetel a base de terapia antirretroviral reforçada com outras substâncias, com a adição de um medicamento chamado nicotinamida, uma forma de vitamina B3. Ele está há mais de dois anos sem carga detectável do vírus. Se confirmado, o brasileiro pode ser um dos primeiros casos de cura do HIV no mundo.
A pesquisa da Unifesp foi iniciada em 2013 e contaram com 30 voluntários. Todos possuíam carga viral do HIV indetectável no organismo e faziam tratamento padrão com coquetéis para a Aids.
Responderam melhor ao tratamento os que tomaram os antirretrovirais dolutegravir e o maraviroc. As medicações fizeram o vírus sair do estado de latência, aparecendo no organismo. A nicotinamida e a auranofina potencializaram o efeito das drogas.
A Aids é uma doença que ainda não tem cura e já infectou mais de 75 milhões de pessoas desde a epidemia dos anos 80 e matou quase 33 milhões. Estima-se que 38 milhões de pessoas convivem com o HIV atualmente.