“O encerramento do processo de desinvestimento (…) é um passo importante para a reconstrução da empresa, que vinha sofrendo com a privatização de diversos ativos importantes nos últimos governos”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que comemorou a interrupção da privatização de ativos estratégicos da estatal. Ministro defende avaliar recompra de refinaria
A Petrobras informou nesta segunda-feira que encerrou os processos de desinvestimento do Polo Urucu, Polo Bahia Terra, Campo de Manati e da Petrobras Operaciones S/A (subsidiária da Petrobras na Argentina).
A estatal explicou que deverá “maximizar o valor do portfólio com foco em ativos rentáveis, repor a reservas de óleo e gás, inclusive com a exploração de novas fronteiras, aumentar a oferta de gás natural e promover a descarbonização das operações.”
Foram afetados os processos de desinvestimento que ainda não haviam atingido a etapa de assinatura dos contratos de venda.
Quanto aos demais ativos no segmento de exploração e produção, “a permanência será reavaliada periodicamente com base em premissas atualizadas de rentabilidade, aderência estratégica, oportunidades de descarbonização e estágio de sua vida produtiva”, acrescentou a Petrobras.
No segmento de Gás e Energia, a empresa decidiu dar continuidade aos processos de desinvestimento relativos à participação de 20% na sociedade Brasympe, proprietária da unidade termoelétrica (UTE) Termocabo, movida a óleo combustível.
Também prosseguiram os processos de desinvestimento da participação de 20% na UTE Suape II, também movida a óleo combustível; e à participação de 18,8% na UEG Araucária.
Petroleiros defendem volta da BR, Liquigás e gasodutos
“O encerramento do processo de desinvestimento (…) é um passo importante para a reconstrução da empresa, que vinha sofrendo com a privatização de diversos ativos importantes nos últimos governos”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que comemorou a interrupção da privatização de ativos estratégicos da estatal.
“O fato relevante divulgado hoje [segunda-feira] ratifica o posicionamento do Governo Federal e da nova gestão da estatal, de que a empresa volta a cumprir seu papel de desenvolvimento econômico e social”, complementou Bacelar.
Ele acrescentou que espera agora que “a BR Distribuidora, Liquigás, os gasodutos, as refinarias e outros ativos estratégicos voltem a ser da Petrobras. E que a empresa volte a participar da comercialização e distribuição em todo o Brasil. Do poço ao posto.”
Ministro falou sobre rever desinvestimento em refinaria na Bahia
Neste domingo, o ministro das Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, falou sobre uma possível recompra da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, privatizada pela Petrobras para o fundo estatal árabe Mubadala:
“O povo baiano e sergipano tem pago preços de combustíveis mais caros do que em regiões de influência das refinarias cujo controle é da Petrobras. Entendemos do ponto de vista da segurança energética e da nova geopolítica do setor de petróleo e gás, respeitadas as regras de governança da companhia, que a Petrobras deve avaliar recomprar a Rlam”, declarou Silveira, segundo nota divulgada pelo MME.
“É um ativo histórico e que fez parte da estratégia de desmonte do Sistema Petrobras e nunca deveria ter sido vendido”, completou Silveira.
A Petrobras anunciou novos negócios com o fundo Mubadala Capital, após visita do presidente da estatal, Jean Paul Prates, aos emirados árabes.
Pré-sal completa 15 anos
O pré-sal completa 15 anos de produção neste mês e tem fôlego renovado e uma perspectiva de crescimento expressivo nos próximos anos, de acordo com a Petrobras. A estatal prevê instalar 11 novas plataformas para produzir naquela camada até 2027.
Desde dezembro de 2022, a empresa já colocou em produção dois novos sistemas no pré-sal – P-71 no campo de Itapu e FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzios – e prevê iniciar a operação da terceira unidade (FPSO Sepetiba, no campo de Mero) até o fim deste ano.
FPSO é a sigla em inglês para plataforma flutuante de produção, armazenagem e transferência de petróleo.
A Petrobras exemplifica a importância do pré-sal com o volume expressivo de contribuições para sociedade brasileira: de 2008 até junho de 2023, a empresa pagou cerca de US$ 63 bilhões em participações governamentais – entre royalties e participações especiais – associadas diretamente à produção do pré-sal.
Além desse montante, outros US$ 63 bilhões foram pagos ao Estado brasileiro pela aquisição de blocos e direitos em ativos do pré-sal. Esses valores, somados (US$ 126 bilhões), evidenciam a dimensão do retorno do pré-sal para a sociedade civil.
Valores pagos com pré-sal seriam maiores se governo revisse cessão onerosa
O valor poderia ser ainda maior. No processo conhecido como cessão onerosa, a União isentou a estatal de pagamento da participação especial em seis blocos do pré-sal.
O economista aposentado da Petrobras Claudio da Costa Oliveira afirma que o Governo Federal, estados e municípios deixaram de receber bilhões de reais. Só no ano passado, o Estado do Rio de Janeiro deixou de receber mais de R$ 22 bilhões em participação especial na cessão onerosa, calcula Oliveira.
O Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2023 a 2027 destinou US$ 64 bilhões para investimentos em atividades de exploração e produção. Uma parcela de 67% desses recursos será destinada a investimentos no pré-sal.
Com os novos projetos somados às unidades já em operação, a estimativa é que a companhia produzirá um total de 3 milhões e 100 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2027, sendo 2,4 milhões boed no pré-sal (parcela própria da Petrobras), o que representará 78% do total da produção. No caso da produção operada (Petrobras + parceiros), a projeção é que o volume produzido no pré-sal alcance 3,6 milhões de boe em 2027.
Prova de um Brasil que dá certo
“Os 15 anos de produção do pré-sal são a melhor prova de um Brasil que dá certo. É a prova da persistência e da capacidade técnica de homens e mulheres que foram à luta e não desistiram diante dos desafios complexos encontrados. Nosso corpo técnico contribuiu para o desenvolvimento de tecnologias inéditas para viabilizar a produção no pré-sal, de braços dados com nossos parceiros, impulsionando o desenvolvimento de todo um mercado de fornecedores altamente especializado”, disse o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes.
“São profissionais que não só desbravaram uma nova fronteira, até então inexplorada, como também a transformaram em um dos mais importantes polos de produção do mundo. E todo esse sucesso aponta para um futuro promissor: vamos colocar em operação no pré-sal 11 plataformas nos próximos cinco anos que vão garantir a sustentabilidade da nossa produção – o que comprova a importância e a magnitude da nossa atuação no pré-sal”, complementou Mendes.
O primeiro óleo do pré-sal foi produzido em 2 de setembro de 2008, no campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos. De lá para cá, a Petrobras experimentou um verdadeiro salto de produção naquela camada, estendendo sua atuação para o pré-sal da Bacia de Santos.
Oito anos depois do primeiro óleo, a produção operada (Petrobras + parceiros) acumulada no pré-sal alcançou a marca de 1 bilhão de barris. Em 2019, após 11 anos, ultrapassou o volume de 2,5 bilhões de barris, e em 2021, superou o patamar de 4 bilhões de barris – até chegar a 5,5 bilhões em julho de 2023.
Esse resultado foi alcançado graças ao desenvolvimento de tecnologias de última geração que mudaram os rumos do setor em águas profundas – e viabilizaram a produção num cenário até então inexplorado, com poços perfurados de mais de 7 mil metros de profundidade total – sendo 5 mil de profundidade terrestre e 2 mil de profundidade d’água – espessa camada de sal, além de alta temperatura, pressão e distância de 300 km da costa, explica a Petrobras.
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