A cidade de Porto Alegre atingiu o número de cinco mil pessoas mortas por Covid-19. Segundo o painel da Secretaria Municipal da Saúde, atualizado nesta segunda-feira, 21 de junho, são 5.015 óbitos, com 156.410 pessoas positivadas para a doença.
Mesmo assim as aglomerações seguem na capital, principalmente nos finais de semana. Como se o avanço nas contaminações tivesse diminuído. Duas festas clandestinas e aglomerações em ruas foram dispersadas no sábado, dia 19 e no domingo, 20. Uma delas em um galpão do Sambódromo, localizado no Porto Seco, com 250 pessoas, e outra festa de aniversário com mais de 100 participantes na Ilha dos Marinheiros. Nos bairros Moinhos de Vento, rua Fernando Machado no Centro Histórico e nas esquinas da Lima e Silva com a República. As badalações em vias públicas ocorrem todos os finais de semana e neste não foi diferente. Foram feitas autuações da Guarda Municipal nos locais.
Aliás, esta é a aposta do prefeito Sebastião Melo (MDB) reforçar a fiscalização, em live realizada no final de maio para o Grupo de Líderes Empresariais destacou que foram disponibilizadas mais de 650 vagas em leitos clínicos e mais 200 leitos novos em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). E que a capital passou a adotar protocolos próprios para manter as atividades em funcionamento durante a pandemia. “Os protocolos oferecem segurança sanitária e maior flexibilidade para que a cidade possa retomar a atividade econômica e garantir emprego e renda da população”, frisou Melo.
Barreira sanitária no Aeroporto Salgado Filho
No final de maio foi emitido aviso do Grupo de Trabalho de Saúde do governo estadual, dentro do Sistema 3 As ( Alerta, Aviso e Ação) para a piora epidemiológica na capital. Uma das ações foi implantada somente a partir de 14 de junho com o reforço de barreira sanitária no Aeroporto Salgado Filho. Para identificar pessoas que tenham tido contato com variantes da Covid-19 já no desembarque. Foram realizados 2.601 testes na primeira semana da operação, com 24 resultados positivos.
Professor de Epidemiologia da UFRGS alerta para o aumento das doenças respiratórias no inverno
Alguns fatores devem deixar em alerta o combate à Covid-19 na capital, principalmente com aumento das doenças respiratórias no inverno, segundo o professor de Epidemiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Paulo Petry. Ele também destaca a necessidade das barreiras sanitárias serem mais rigorosas ainda, até com bloqueio de voos e também atingirem a chegada de navios na capital. Os próximos meses, na sua análise, ainda serão “bastante complicados”. Juntando-se a isso, ainda, avaliar que o ritmo de vacinação ainda é lento em Porto Alegre.