O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apelou esta segunda-feira aos países de esquerda e de progressismo para que se unam pela integração latino-americana face à operação da extrema direita na América Latina.
É o momento em que “a esquerda e o progressismo na sua diversidade caminham juntos para o mesmo objetivo de uma união produtiva de integração para o futuro do continente”, destacou o presidente ao afirmar que a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac ) deve ser salvo).
“Aqueles de nós que acreditam na união da América Latina e do Caribe temos que agir de acordo com essa tarefa”, criando estratégias, investimentos mútuos no comércio ativo e na integração cultural, educacional, científica, marítima e terrestre, reconheceu o presidente.
Ao reconhecer que “há uma operação da extrema direita: Nayib Bukele, Daniel Noboa, Javier Milei, entre outros líderes, para se autodestruir. “Eles querem fazer com a Celac o mesmo que com a Unasul”, disse Maduro.
“Se o respeito pela soberania e pelos assuntos internos se impõe como princípio, e se impõe a grande necessidade de enfrentar as ameaças geopolíticas que o continente tem hoje”, acrescentou o dignitário.
O Brasil tem que ser a grande superpotência da justiça, da liberdade, da independência, assim como a Argentina recuperou na ideia de Juan e Eva Perón e Néstor Kirchner. Estamos construindo o nosso modelo: ser uma potência intermediária com os nossos recursos naturais e a cultura do nosso povo.
Brasil e Venezuela
Sobre as relações diplomáticas com o Brasil, o presidente da Venezuela sublinhou que “com o Brasil não houve crise, nem haverá crise. Há diferenças com as chancelarias”, diferença de critérios, mas o nosso chanceler tem uma comunicação fluida com o chanceler Mauro Vieira, destacou Maduro.
Ele também pediu que sejam priorizadas as relações entre os dois países: cooperação, fraternidade, mas reconhecendo a quantidade de investidores do Brasil.
Estamos destinados a nos entender na América Latina, afirmou. “A obrigação do presidente Lula e do presidente Nicolás Maduro é entender-se mutuamente pelos nossos países.”
“Devemos virar a página e ver o novo cenário da geopolítica mundial, a situação da Nossa América e priorizar as relações entre Brasil e Venezuela”, indicou.