Substantivo feminino plural.
Sem os predicados do feminino.
Com nenhuma pluralidade.
Prisões só mudam de endereço.
O destacado juiz Sidinei José Brzuska nos dá um legado neste 2024 tormentoso no Rio Grande do Sul.
“Prisões e mais algumas histórias” é um livro no melhor estilo de crônica memorialista sobre os seres humanos e as mazelas da Humanidade.
É um grito, num estilo sereno, sem tirar nem botar.
Este é o livro para se ler em 2025. Ainda mais que já vivemos tempos que ainda se mantém o “prende e arrebenta”, prende para depois ver, julga-se pela cor, pela classe social.
Prisão não deveria ter plural. Porque sempre é singular.
Desta feita o singular se distingue pelo coração e mente de um juiz que não sai condenando a tudo e todos.
Suas reflexões e escritos nos mostram as iniquidades do sistema penal brasileiro, como sobram casos de injustiças e nos mostram que as condições de vida dão aquele empurrão para o “mundo do crime”.
Não me cabe nem dar algum exemplo das histórias contadas, porque em todas tem algo marcante.
Melhor do que falar aqui é você ler e comprar o livro ou pedir emprestado.
Ele, na verdade, deveria estar nas bibliotecas de todas as nossas escolas.
Adeli Sell é professor, escritor e bacharel em Direito.
(*) Por Adeli Sell, professor, escritor e bacharel em Direito.
*As opiniões dos autores de artigos não refletem, necessariamente, o pensamento do Jornal Brasil Popular, sendo de total responsabilidade do próprio autor as informações, os juízos de valor e os conceitos descritos no texto.