Em comissão geral, trabalhadores e parlamentares pedem agilidade em envio de projeto de lei à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para reverter demissão em massa de servidores concursados
Servidores efetivos da empresa estatal Companhia Energética de Brasília (CEB) que ingressaram na companhia por meio de concurso público foram surpreendidos na última semana com uma demissão em massa promovida pela Neoenergia. Nesta quarta-feira (20), eles assinaram o termo de rescisão do contrato de trabalho.
Em comissão geral realizada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), os trabalhadores cobraram do governador bolsonarista Ibaneis Rocha, do MDB, o cumprimento do acordo feito antes da privatização da estatal.
Aliás, ele privatizou a CEB sem o aval da população e mentiu quando era candidato, ao dizer que jamais venderia as estatais do DF, dentre elas a CEB.
Leia:
Ibaneis Rocha (MDB) descumpre promessa de campanha e anuncia venda da CEB
Na cobrança do cumprimento desse acordo, nesta quarta (20), os trabalhadores pediram ao bolsonarista o envio, com agilidade, de um projeto de lei que garanta o aproveitamento dos servidores efetivos ignorados durante a venda da empresa pública. Até o momento, 45 já foram desligados da empresa.
A deputada distrital Arlete Sampaio lembrou que o Distrito Federal já fez, em situações anteriores, o aproveitamento de empregados públicos em razão da extinção de empresa pública, a exemplo dos funcionários da Sociedade de Abastecimento de Brasília (SAB). Após mais de 20 anos de processo de liquidação da empresa, eles foram reaproveitados no Metrô-DF.
“Nós esperamos que de fato o governador Ibaneis Rocha reconsidere a sua intransigência em relação ao assunto. Torcemos para que o PL venha à CLDF. Todos os deputados estarão aqui no plenário para votar com a maior brevidade possível”, disse a parlamentar.
De acordo com Maurício Antônio, relações institucionais da Casa Civil, garantiu que o projeto de lei está em construção. Para ele, o GDF deverá buscar, em conjunto com a CLDF e com os trabalhadores, uma solução para o caso. “O PL existe, a minuta está em análise junto à Procuradoria e tão logo ela retorne será encaminhada para avaliação da CLDF”.
Rosângela Pereira Rosa, representante do Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal, emocionou-se ao defender o emprego dos colegas e fez um apelo ao governador Ibaneis Rocha na tentativa de reverter as demissões. “O GDF deveria ter pensado algo a respeito dos trabalhadores nesse contrato de venda, mas isso não foi feito. Na época, disseram que não haveria demissão após a privatização”.
“Essa demissão me corta o coração, como servidora, como mulher, como mãe e como trabalhadora. Não são apenas 45 demitido”, são 45 famílias que vão ficar desamparadas”, completou Rosângela.
João Paulo Neves Baptista Rodrigues, diretor de Relações Institucionais da Neoenergia, disse que a solução para o caso dos funcionários demitidos não passa pela empresa. Apesar disso, ele afirmou não existir nenhuma lista de demissão a caminho.
Elton Reis, um dos trabalhadores demitidos, contou ter sido surpreendido com a demissão na última semana. Hoje, mesmo dia da comissão geral, ele assinou a rescisão de trabalho. “Minha família depende da minha renda. Espero que a comissão sensibilize o governador para que ele mande o projeto de lei. O serviço público é de nosso direito”, cobrou.
Na semana passada, o deputado distrital Chico Vigilante (PT) denunciou, mais uma vez, essa privatização e seus efeitos negativos para o DF. Em texto publicado no seu site, ele disse que “a Neoenergia, empresa espanhola que adquiriu o controle acionário da CEB, na privatização que o governador Ibaneis Rocha levou a cabo em 2021, demonstrou seu total descompromisso com os empregados e a sociedade, anunciando a demissão de 120 trabalhadores nesta segunda-feira [11/4], de um quadro de 600, ou seja, demissão em massa e imotivada”, denunciou.
E completou: “Como denunciamos quando anunciada a privatização, a venda da empresa pública para uma multinacional espanhola só poderia ter esse resultado. Essas empresas, ao comprar o patrimônio público, só têm um objetivo: ampliar a lucratividade, à custa da queda da qualidade do serviço e do emprego e salário dos trabalhadores. Foi assim em todos os estados onde empresas públicas com compromisso social foram alienadas ao capital privado”.
Também participaram da comissão geral os deputados distritais Chico Vigilante (PT), Fábio Felix (Psol), Jorge Vianna (Podemos), Leandro Grass (PV), João Cardoso (Avante) e a pré-candidata ao governo do DF pelo PT, Rosilene Correa.
SEJA UM AMIGO DO JORNAL BRASIL POPULAR
O Jornal Brasil Popular apresenta fatos e acontecimentos da conjuntura brasileira a partir de uma visão baseada nos princípios éticos humanitários, defende as conquistas populares, a democracia, a justiça social, a soberania, o Estado nacional desenvolvido, proprietário de suas riquezas e distribuição de renda a sua população. Busca divulgar a notícia verdadeira, que fortalece a consciência nacional em torno de um projeto de nação independente e soberana. Você pode nos ajudar aqui:
• Banco do Brasil
Agência: 2901-7
Conta corrente: 41129-9
• BRB
Agência: 105
Conta corrente: 105-031566-6 e pelo
• PIX: 23.147.573.0001-48
Associação do Jornal Brasil Popular – CNPJ 23147573.0001-48
E pode seguir, curtir e compartilhar nossas redes aqui:
https://www.instagram.com/jornalbrasilpopular/
️ https://youtube.com/channel/UCc1mRmPhp-4zKKHEZlgrzMg
https://www.facebook.com/jbrasilpopular/
https://www.brasilpopular.com/
BRASIL POPULAR, um jornal que abraça grandes causas! Do tamanho do Brasil e do nosso povo!
Ajude a propagar as notícias certas => JORNAL BRASIL POPULAR
Precisamos do seu apoio para seguir adiante com o debate de ideias, clique aqui e contribua.