Os professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino do Distrito Federal farão uma paralisação na próxima terça-feira (22), durante assembleia geral da categoria. A paralisação traz como uma de suas pautas a luta por mais qualidade no ensino para a população da capital federal e pelo respeito a todos os profissionais que, diariamente, precisam contornar vários desafios e problemas para levar o melhor ensino para as futuras gerações.
Para se ter uma ideia dos problemas enfrentados tanto por professores quanto pelos alunos, no primeiro dia letivo de 2022, pais e estudantes encontraram salas de aulas superlotadas; falta de professores, orientadores educacionais e monitores; escolas sem condições sanitárias para receber a comunidade e centenas de problemas relacionados ao negacionismo da pandemia da Covid-19 e à insistência de governos de plantão, como o de Ibaneis Rocha (MDB), que têm como um dos objetivos de mandato sucatear e privatizar a educação pública, ou seja, transforma-la em um serviço pago.
Todos estes problemas somam-se à preocupação com o aumento no número de infectados e mortos em decorrência da Covid-19. Sem exigência do cartão de vacinação, 470 mil estudantes se aglomeram em um momento que o Distrito Federal está no início do pico da terceira onda da pandemia com intensa hospitalização de crianças, baixa vacinação desse grupo populacional e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) lotadas com grandes filas esperando por um leito. “Vivemos um déficit de professores muito grande no Distrito Federal. Há uma previsão de 36 mil professores, mas não temos nem 27 mil na ativa; isso sem tirar aqueles que trabalham em áreas em Coordenações Regionais de Ensino (CRE), por exemplo. Isto, associado à falta de investimento, precariza a educação pública e prejudica o ensino. É preciso mais concurso público e recursos para a educação”, analisa Raimundo Kamir, diretor do Sinpro-DF.
Estrutura precária nas escolas
O quadro fica ainda mais crítico se analisarmos a situação de muitas escolas. A realidade mostra muitas precisando de reformas, regiões administrativas sem unidades escolares suficientes, falta de material pedagógico, dentre outros fatores que prejudicam a qualidade do ensino. Os alunos, parte mais importante de todo este processo, tem seu desenvolvimento pedagógico prejudicado pela falta de investimento e prioridade do Governo do Distrito Federal. Isto sem falar que os professores e orientadores educacionais estão há sete anos sem reajuste salarial.
Para a diretora do Sinpro, Rosilene Corrêa, a paralisação é necessária para que os professores e orientadores educacionais possam debater os problemas e encontrar soluções. “Todos os problemas e deficiências encontradas nas escolas trazem prejuízos para os nossos alunos. Nossa luta é e sempre será em levar um ensino de qualidade para que todos eles possam ter chances reais de entrarem em uma faculdade e em seguida no mercado de trabalho. É por isto que nos reunimos em assembleia para debatermos tudo e buscarmos melhorias junto ao GDF”, ressalta.
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