O general Santos Cruz faz profissão de fé no liberalismo e na paixão por causas sociais, ao assinar a ficha do Podemos, para tentar ser vice de Sérgio Moro. Quem acredita nessa contradição?
Na pátria do liberalismo, da boca para fora, como é o caso dos Estados Unidos, nada mais contrastante do que a fé liberal versus a fé social. Os choques políticos mais intensos por lá decorrem justamente do contraste entre a riqueza superconcentrada de uma minoria cada vez mais rica, exacerbada, justamente, na pandemia, quando se esperaria o contrário, com avanço da solidariedade, e uma maioria cada vez pobre e politicamente radicalizada, agravada pelo racismo.
A oferta de saúde aos socialmente excluídos é gritante na terra de Tio Sam. Garantida está a classe social que pode pagar os custos abusivos e insuportáveis. Bernie Sanders pregou em campanha nas prévias democratas uma cópia do SUS brasileiro para os americanos. Dançou.
Biden ganhou de Trump prometendo aumentar de 7 para 15 dólares/hora o salário mínimo. Nao conseguiu até o momento aprovação no Congresso nem dos republicanos nem dos democratas. Defendeu socorro monetário de quase 4 trilhões de dólares, colocando em prática teoria das finanças funcionais, para dar outro impulso à economia, a fim de alcançar poder de competição com os chineses no comércio mundial. Não alcançou nem a metade. Por conta desse visível retrocesso, Biden está mal nas pesquisas e já se fala na volta de Trump em 2024.
SÓ FACHADA, NADA MAIS
O liberalismo econômico que Santos Cruz defende, apaixonadamente, mas que, na verdade, nao é seguido, pragmaticamente, sequer nos Estados Unidos, é carta fora do baralho no capitalismo cêntrico, de forma mais decisiva, desde o crash de 2008. De la para cá, os bancos centrais têm ampliado a oferta monetária para segurar os juros em zero ou negativo. Caso contrário, a dívida pública, que já supera a casa dos 100% do PIB, há muito tempo teria arrebentado a boca do balão, gerando novos crashs. Ainda, na semana passada, Japão e Estados Unidos anunciaram ampliação do endividamento público em escala considerável para manter congelada a taxa de juros.
LIBERALISMO DE FACHADA
Dívida pública não se paga, renegocia-se, já dizia o falso liberal Adam Smith, no século 19, enquanto recomendava tributos crescentes sobre exportações e decrescentes sobre importações, como arma para erguer o imperialismo inglês. Portanto, o papo furado do general Santos Cruz é, tão somente, conversa para boi dormir, ou melhor, para satisfazer a Casa Branca, maior aliada da candidatura à qual Cruz se aliou, rapidamente, para ajudar a rifar Bolsonaro.
DISSIDÊNCIA BOLSONARISTA
Os militares dissidentes do capitão presidente defendem, portanto, a mesma politica econômica de Paulo Guedes que já acumula mais de 15 milhões de desempregados e uma inflação galopante de 2 digitos, sem nenhuma expectativa de redução capaz de promover retomada sustentável da economia. Moro, ligado, umbilicalmente, a Tio Sam e ao mercado financeiro especulativo, assessorado pelo economista Afonso Celso Pastore, pregador da privatizacao da Petrobrás e defensor do teto neoliberal de gastos, que sinaliza paralisia macroeconomica assustadora em 2022, não cultiva nada de social, mas, apenas, o caos neoliberal em que o pais se encontra. Os generais, como Santos Cruz, fazem oposicao a Bolsonaro apenas de fachada. No fundo fecham com Tio Sam. Se não der certo a cruzada com Moro, carente do apoio das massas, como admiitiu o general vice presidente Mourão, darão meia volta volver, para retornar aos braços de Bolsonaro, a chance real da ultra- direita, abalada pela crise econômica neoliberal da qual o mundo foge, pois sua vocação é o fascismo.
(*) Artigo de César Fonseca, jornalista, atua no programa Tecendo o Amanhã, da TV Comunitária do Rio e edita o site Independência Sul Americana. Publicado, originalmente, no sua timeline no Facebook/Meta
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