Próxima etapa vai usar critério de carência das regiões administrativas
No final de março, dezenas de militantes do movimento social do Distrito Federal criaram a Rede de Solidariedade, com o objetivo de ajudar as famílias desassistidas em razão dos efeitos da pandemia do novo coronavírus. Inspirado pela campanha Ação da Cidadania contra a Fome a Miséria e pela Vida, criada pelo Betinho nos anos 1990, o trabalho da Rede de Solidariedade vem crescendo a cada semana, agregando pessoas, entidades sindicais e sociais, além de lideranças políticas.
Equipes foram montadas em várias cidades e, em pouco tempo, uma verdadeira rede de coleta e distribuição de gêneros de primeira necessidade começou a funcionar. Um mês depois, os resultados são promissores. Cerca de 550 famílias já foram beneficiadas com cestas básicas e materiais de limpeza e higiene, em 16 cidades diferentes do Distrito Federal.
Longo prazo
Cerca de trinta pessoas estão envolvidas diretamente nessa tarefa diária de arrecadar e distribuir aos que sofrem com a falta de ação do governo federal. Sabemos que o Distrito Federal é uma das unidades da federação mais desiguais do Brasil, e que essa tarefa de atender famílias que passam fome e outras privações é apenas o começo de um trabalho de longo prazo, que pretende devolver para o mercado de consumo milhares de pessoas que foram abandonadas pelo Estado nos últimos quatro anos (governos Temer e Bolsonaro).
Dados oficiais comprovam que, nesses últimos anos, a miséria aumentou, a fome voltou a ocupar as manchetes e, o mais triste, a mortalidade infantil, que caía desde o final dos anos 1990, voltou a subir.
Para os coordenadores da Rede de Solidariedade do DF, após esse trabalho inicial e emergencial, a Rede começará a atuar de forma mais sistemática.
Eles acreditam que este final de semana (25 e 26 de abril) é um divisor de águas entre a primeira e a segunda etapa da campanha. Na primeira etapa a Rede de Solidariedade distribuiu aproximadamente 40 cestas por Região Administrativa (RA) e o critério foi a ordem de chegada dos pedidos. Na segunda etapa eles utilizarão um outro critério mais relacionado ao nível de carência de cada RA do DF.
A Rede também pretende, mais à frente, ajudar na criação de projetos de economia solidária para ajudar a tirar definitivamente as famílias da miséria. Entre as propostas em estudo estão a montagem de pequenas fábricas processadoras de alimentos da agricultura familiar.
Balanço das atividades da Rede de Solidariedade
Cestas recebidas: 139
Cestas adquiridas: 411
Total de cestas distribuídas: 550
Cidades beneficiadas: Estrutural, Sol Nascente, Samambaia, Recanto das Emas, Brazlândia, Santa Maria, Sobradinho, Núcleo Bandeirante, Planaltina, Paranoá, Gama, São Sebastião, Riacho Fundo II e Plano Piloto.
Foto: Equipe do Rede de Solidariedade distribui cestas na cidade Estrutural
Veja como contribuir com a Rede de Solidariedade
Depósito em contas bancárias:
Centro de Estudos e Assessoria – CEA
CNPJ/DF: 07.371.001/001-59
BANCO DO BRASIL
Agência: 3599-8 – Conta corrente: 40.777-1
BRB
Conta Poupança – Agência 037 – Asa Sul – Conta 037-025.238-1
Postos de coleta (alimentos e materiais de limpeza e higiene):
GUARA 2 – QE 13, CONJUNTO 13. Telefone: (61) 99272.9011
CRUZEIRO VELHO – Círculo Operário – SRES – Área Especial – Lote 9
TAGUATINGA – QNM 36 Conjunto T Casa 44. M norte. (Próximo ao Coser Bernardo Sayão)
PLANO PILOTO – Sede da CUT DF – SDS – Ed. Venâncio V – Subsolo Loja 14