“Isso vai definir uma bancada mais conservadora e mais reacionária que também vai se fortalecer com a aprovação. Há uma distinção entre aquilo que a gente vai entender como os evangélicos que aderem à propaganda evangélica e a rotina evangélica, mas que não está na estrutura do poder e aqueles que estão na estrutura do poder.”
“Já temos conversado, acredito que tenha o apoio deles também. Depois segue para o Senado Federal, onde vai também precisar da aprovação de pelo menos dois terços da casa. A importância desse projeto é que nós confiamos que igreja forte é crime fraco, igreja forte é Brasil forte, é pátria, família forte. E para fortalecer as igrejas a gente precisa retirar os impostos que incidem sobre as doações que os membros, os fiéis fazem à igreja”, diz Crivella.
O que representa o aceno de Lula às igrejas evangélicas?
“Mas o governo corre o risco de nutrir esse segmento importante da oposição, que nos últimos anos migrou para a extrema-direita. Fica em aberto a avaliação, se isso acalmará a oposição conservadora e se eles se tornarão menos radicais, ou se isso vai ser um presente que eles receberão e continuarão extremamente relacionados à extrema-direita.”
Qual impacto da isenção de impostos a igrejas?
“Se for o número dessa magnitude [R$ 1 bilhão por ano], realmente seria um número bastante expressivo. Seria mais uma razão para o governo, preocupado com o déficit e que a oposição tanto cobra o superávit de caixa para que não haja apoio e aprovação a essa emenda.”
“Não me parece que agraciar, hoje, tem bastado. Nós temos uma questão de verba, de flexibilização, de tributos, junto com a questão ideológica, e me parece que essa posição não abre mão, mesmo quando ela é beneficiada como seria nesse caso.”
De quais impostos a Igreja é isenta?