Em live postada, ao vivo, no Facebook, na tarde desta terça-feira (30), o ex-senador Roberto Requião (MDB-PR) explica a crise entre os militares das Forças Armadas e o governo Jair Bolsonaro (ex-PSL), que explodiu, nessa segunda-feira (29), é resultado da pressão do Presidente da República sobre o general do Exército Fernando Azevedo e Silva que se recusou a colocar na ordem do dia, de 1º de abril, que o governo dele é a prorrogação, a afirmação e a perpetuação do golpe de 1964.
“Quem irá substituir esses generais? E eu quero cumprimentá-los aqui. Foi brilhante a posição deles, foi firme. Temos de aprender com os erros. Era bom que o PT aprendesse com os erros também. Erros não são para serem repetidos, não servem para ser lamentados, para serem jogados a público, não é um mea culpa genuflexo, mas é para aprender e não repetir. Foi o que fizeram os generais. Tiveram firmeza”, disse.
E completou: “Não entraram nesse jogo insano porque dizer que o governo Bolsonaro é a perpetuação dos ideais é a mesma coisa de dizer que a perpetuação dos ideais é dizer que a Terra é plana, que a Covid não existe, que nós somos vassalos dos EUA, que somos genuflexo diante de Trump, e nessa bobajada toda que caracteriza a insensatez de um non sense do governo Bolsonaro”.
Na tarde desta terça-feira, destoando dos colegas de Forças Armadas que desembarcaram do governo autoritário, o general Braga Netto, que assumiu a Pasta da Defesa, publicou, como seu primeiro ato enquanto ministro, Ordem do Dia sobre o 31 de março de 1964, em que cita o dia do golpe que instalou a sanguinária ditadura civil-militar no Brasil como “movimento”, e se refere aos 21 anos de perseguições, torturas, desaparecimentos, assassinatos, exílios e todo tipo de falcatruas econômicas para favorecer países imperialistas estrangeiros em meros “eventos ocorridos há 57 anos, assim como todo acontecimento histórico, só podem ser compreendidos a partir do contexto da época”.
Assista ao vídeo com o ex-senador Roberto Requião.