Corre cotia
De noite, de dia
O galo cantou
E a casa caiu!
Para os gestores da JBS,a casa caiu; não for por brincadeira. Foi por “greenwahsing”, isto é, por mentir, falsificar dados e ações sobre sustentabilidade.
A manchete é:
JBS, primeira empresa brasileira processada por ‘greenwashing’.
A notícia é de 7 de março, 2024. Está no site – https://marsemfim.com.br/[
A procuradora de Nova Iorque Letitia James assegurou que a “lavagem ecológica ambiental da empresa explora os bolsos dos americanos comuns e a promessa de um planeta saudável para as gerações futuras”.
Claro que a JBS não concorda, diz que não desmata o que falam etc e tal. O certo é que de onde vem seus bois se desmata e se destrói a Natureza.
Mas não pensem que é apensa na Amazônia que grassa a maior desgraça.
O garimpo vocês veem todos os dias na TV o quanto é nefasto, como satélites mostram os vazios no Norte e no Oeste brasileiro.
No Rio Grande do Sul, matéria da Zero Hora local do dia 1° de março diz:
“Em cinco anos, desmatamento atingiu 16,9 milhões de metros quadrados de floresta no norte do RS”.
E mais: “Flagrantes vêm crescendo na região e a cidade com mais casos é Soledade, com 81,7 hectares destruídos”.
No Rio Grande do Sul das plantações massivas da soja – haverá a maior colheita de todos os tempos neste ano – estas vão avançando sobre produções de alimentos como a melancia.
O que vemos é que não é só isso: estão botando abaixo nossas matas nativas. E, enquanto isso, aumenta o verde exótico dos eucaliptos.
Há quem diga que na terra do chimarrão muitos ervais já foram para a motosserra.
Eis minhas Notas do Sul da semana. Pouco auspiciosas, mesmo com vendas recordes de máquinas na Expo de Não Me Toque e das notícias sobre a produção da soja.
(*) Adeli Sell, é professor, escritor, bacharel em Direito e vereador do PT em Porto Alegre, RS.