Há poucos dias, o Governo do Distrito Federal (GDF) liberou mais uma parcela de R$ 100 milhões a empresas de ônibus. O montante repassado ao setor passa de R$ 200 milhões. Por outro lado, os usuários de transporte público sofrem com a falta de segurança e manutenção nas instalações da Rodoviária do Plano Piloto. Aproximadamente, 500 mil pessoas transitam todos os dias no local. E quem utiliza a área reclama de constantes cenas de violência e das péssimas condições do espaço. O problema foi discutido em audiência pública realizada, na manhã de quarta-feira (8), na Câmara Legislativa do DF (CLDF).
Integrantes da Associação dos Usuários da Rodoviária de Brasília (AURB) e comerciantes que possuem lojas e quiosques na rodoviária do Plano Piloto relataram na reunião os problemas verificados diariamente. Maria de Jesus, que é da AURB, apresentou um vídeo feito por ela onde mostra vazamentos no teto, sujeira nos banheiros e instalações elétricas deterioradas, a ponto de causar incêndios. Além desses problemas estruturais, relataram ainda assaltos, presença de traficantes e usuários de drogas e até assassinatos.
“É uma situação dramática de abandono e descaso”, disse o deputado distrital Chico Vigilante (PT), autor do pedido da audiência pública. O parlamentar frisou que a Rodoviária já foi cartão de visita de Brasília, mas hoje é um local mal visto. “O desafio é encontrar mecanismos para que a rodoviária volte a ser um local seguro e satisfatório para a população”, acrescentou.
Ao criticar o atual governador Ibaneis Rocha (MDB) por deixar a Rodoviária em pleno abandono, o presidente da AURB, Keeslew Caixeta Lobo, disse que os problemas se arrastam há anos. Segundo ele, esse cenário dramático teve início no governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) e continua até hoje, com o que chamou de “obras mal planejadas e mal executadas”.
Lobo pediu às secretarias do DF uma mobilização para atuação conjunta na área e reivindicou orçamento próprio para a rodoviária, como já aconteceu em gestões anteriores. “A população tem o direito de passar pelo local para fazer seu lanche por custo baixo e seguir a vida para o trabalho”, disse.
O que diz o GDF
O administrador da Rodoviária do Plano Piloto, Josué Martins de Oliveira, que participou da audiência, disse que o atual governo encontrou o espaço sucateado e com “reformas paradas”. De acordo com Oliveira, o GDF vem tentando fazer mudanças e defendeu a retirada de camelôs e ambulantes do local.
O chefe do Departamento de Edificações da Novacap, Carlos Alberto Spies – um dos órgãos responsáveis pela manutenção e zeladoria da Rodoviária – disse que a prioridade está na resolução das infiltrações em reservatórios de água, elevadores e escadas. Disse ainda que estão sendo feitos novos projetos para a reforma e manutenção desses espaços.
O secretário das Cidades do DF, Valmir Lemos Oliveira, admitiu vários dos problemas apresentados. Destacou que a Rodoviária além de oferecer transporte público tem questões de infraestrutura, assistência social, saúde pública e fiscalização. Segundo ele, o governo tem realizado ações para recuperar o local, mas elas ainda não se tornaram perceptíveis para a população. “A situação vai melhorar com a recente decisão do governo de retornar a administração da Rodoviária para a Secretaria de Transportes e Mobilidade”, disse.
O Jornal Brasil Popular entrou em contato com a assessoria do GDF para obter mais informações. Em nota, o governo informou que no momento a Administração da Rodoviária do Plano Piloto aguarda processo licitatório junto à Novacap para contratação de empresa de manutenção diária.
“O processo licitatório não anula as constantes ações para manutenção do local. A maior parte das obras da Estação Rodoviária são oriundas da década de 60, por isso as estruturas do local são preservadas e consideradas patrimônio tombado, criadas para atender apenas 1500 pessoas. Atualmente, o fluxo gira em torno de 800 mil pessoas”, diz a nota.
O deputado Chico Vigilante solicitou ao secretário de Transportes, Valter Casimiro, esclarecimentos sobre como ficará a situação dos comerciantes da Rodoviária. Casimiro disse que o processo licitatório de concessão não tem como objetivo a exploração comercial das lojas, mas sim dar condições de segurança e manutenção aos equipamentos públicos. A intenção, segundo ele, é preservar os permissionários legais hoje existentes.
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