O caos gerado no Estado do Amapá, após um apagão, provocado por um incêndio, em um transformador de uma subestação controlada por uma empresa privada espanhola chamada ISOLUX, localizada em Macapá, acende um alerta e coloca em xeque a onda de privatizações no país. Além de mostrar a importância da gestão pública em empresas estatais. A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) no Rio Grande do Sul, é um exemplo. E mesmo assim está próxima de ser leiloada e enfrentar a substituição dos controles acionários.
“Um problema totalmente evitável, já que um simples transformador do sistema de retaguarda, de prevenção, teria sido suficiente para se evitar tamanho transtorno e prejuízo à população. Outro dado agravante é que este transformador estava em “manutenção” há quase um ano, ou seja, operava com um terço da subestação e em consequente sobrecarga”, conforme explica, Sandro Peres do grupo de apoio aos funcionários da CEEE GT. “Evidencia o descaso deste modelo de gestão de manutenção. Uma falha nesta magnitude jamais aconteceu em nosso Estado devido aos excelentes índices de disponibilidades de energia elétrica, apresentado pela CEEE-GT, junto à ANEEL nos últimos anos”.
Indicadores:
- Área de Transmissão da CEEE alcançou o índice de excelência no indicador Parcela Variável (PV) no período de 2018/2019;
- CEEE-GT foi a melhor entre as grandes transmissoras com contratos de concessão renovados. A perda de apenas 0,89% nos 12 meses do ciclo demonstra o comprometimento dos profissionais em diversas áreas da empresa.
As empresas públicas possuem uma constante preocupação e preparação para “cenários de contingência”, segundo Peres. Diferenciando-se das privadas, onde predomina a lógica do atendimento imediato. A CEEE-GT possui 65 subestações de transmissão de energia no Rio Grande do Sul.