A Plaza de la Independencia, em Montevidéu, será a sede de um ato de protesto contra a reforma da previdência promovida pelo governo
Organizações sindicais e populares do Uruguai realizam uma cerimônia de protesto nesta quarta-feira em Montevidéu (capital) para rejeitar a reforma da previdência promovida pelo governo do presidente Luis Lacalle Pou, por considerar que tem um caráter neoliberal e prejudica os trabalhadores.
A demonstração acontecerá na Plaza de la Independencia a partir das 18h, horário local. Os mobilizados planejam se reunir em frente à sede do Poder Executivo para exigir que os Administradores de Fundos de Poupança de Pensões (Afaps) sejam eliminados e que a idade de aposentadoria não seja aumentada.
Além disso, exigirão que sejam levados em consideração os critérios da oposição e dos trabalhadores sobre a reforma da previdência. Esses setores garantem que o Governo não tem promovido um diálogo sobre o assunto.
?Miércoles 3/11 a las 18hs
En la Plaza Independencia defendemos la seguridad social!
?✊ pic.twitter.com/dyLXsu3Z60— Coordinación Para El Cambio (@coordcambioaebu) October 28, 2021
Há dias, a central sindical uruguaia, Plenário Intersindical de Trabalhadores-Convenção Nacional dos Trabalhadores (PIT-CNT), denunciou que uma comissão de técnicos em previdência apresentou no dia 31 de outubro um documento que levanta recomendações para uma reforma integral do sistema de pensões.
Este grupo é composto por 15 membros, dos quais nove foram eleitos pelo Executivo, que não deu participação aos restantes membros e por isso publicou as suas recomendações.
A criação da referida comissão de especialistas foi realizada no âmbito da Lei de Urgência (LUC), criticada por amplos setores populares por promover reformas neoliberais em diversos campos.
Os setores argumentam que não foram consultados à sociedade civil, motivo pelo qual o Governo alegou que a situação epidemiológica criada pela Covid-19 não o permitia.
A mobilização desta quarta-feira ocorre no âmbito da campanha de rejeição dirigida pelo PIT-CNT para que 135 artigos da LUC sejam revogados. Esta campanha já coletou mais de 800.000 assinaturas.