A União de Jornalistas de Cuba denunciou a estratégia mediática premeditada do império de espalhar dúvidas sobre as eleições na Venezuela e apelou à solidariedade para derrotar esta «vergonhosa conspiração»
«Dizemos à Venezuela, a esse povo bolivariano e chavista, que não estão sozinhos no seu confronto com a propaganda caluniosa do império, a estratégia premeditada de semear dúvidas sobre os resultados eleitorais e as suas acções infames», sublinha a declaração da União de Jornalistas de Cuba (UPEC, na sigla em castelhano).
Com o título «Golpismo comunicacional contra a Venezuela: tomar pela força o que não conquistaram nas urnas», o texto, divulgado esta quarta-feira, afirma que, mais uma vez, foi lançada «a campanha de assédio e manipulação mediática contra a Venezuela».
Isto – sublinha – com «a cumplicidade do governo dos Estados Unidos e agora sob a subordinação da desqualificada María Corina Machado, com o propósito de repetir o golpe falhado do guaidodismo».
«Utilizando inúmeros recursos e ardis mediáticos, com a falsa acusação de fraude eleitoral, pretendem ignorar a vontade maioritária do povo venezuelano, que votou livre e soberanamente a favor da continuidade do modelo de nação que representa a Revolução Bolivariana», refere o documento.
A UPEC destaca o facto de essa votação ter decorrido «num processo eleitoral seguro e transparente, com observação internacional, incluindo do Centro Carter e de um painel de especialistas das Nações Unidas».
«Sem qualquer pudor, o Departamento de Estado lidera as acções e pretende ampliar o círculo de países que se prestam à caluniosa propaganda e ao intervencionismo», alerta o organismo, denunciando que «procuram unir os seus aliados no mundo e montar uma política punitiva para impor sanções à economia venezuelana, justificar o roubo dos seus activos e dos ricos recursos petrolíferos, e afogar em violência e sangue a vontade maioritária de continuidade que foi mostrada nas urnas».
A UPEC chama ainda a atenção para o facto de «as notícias manipuladas e as mentiras se espalha[re]m significativamente nas redes sociais e em meios de comunicação poderosos que respondem às grandes corporações e aos oligarcas da comunicação global. Prova deste conluio é a participação activa do magnata do X, Elon Musk».
«Pretendem agora dar um golpe de misericórdia com uma campanha que desenvolveram passo a passo antes da importante jornada cívica do passado domingo», indica.
A UPEC sublinha ainda que «a Venezuela não é o Estado repressivo e criminoso que querem apresentar ao mundo. Bem pelo contrário. O Presidente eleito, Nicolás Maduro, apelou repetidamente ao diálogo, prometendo mesmo que este seria o primeiro passo para alcançar uma vitória eleitoral pela qual lutaram com firmeza e decoro».
No entanto – denuncia –, «a oposição extremista já pratica a violência, pondo em perigo a tranquilidade e a paz que o povo deseja e pela qual votou».
No documento, divulgado pelo portal cubaperiodistas.cu, a UPEC reafirma que acompanha a Venezuela nesta «batalha pela verdade» e, depois de instar «todas as forças e meios de comunicação progressistas e cada ser humano honrado a derrotar esta vergonhosa conjura», declara: «Façamos prevalecer a vontade maioritária e soberana do povo venezuelano expressa nas urnas.»