O presidente Nicolás Maduro, em pronunciamento no dia 22 de abril, alertou para os efeitos da crise econômica que atinge todo o mundo e acentuou que tal situação ameaça com ainda mais gravidade o povo venezuelano. O país segue sendo vítima das agressões dos EUA, que intensificam bloqueios econômicos e interceptações de materiais hospitalares, dificultando as medidas de combate à pandemia do novo coronavirus.
A política criminosa de agressões e bloqueios do imperialismo estadunidense e outros governos aliados contra a Venezuela segue se intensificando em meio à crise sanitária que atinge o mundo como nunca antes na história.
As medidas, unilaterais e desumanas, são contrárias às recomendações do Conselho de Segurança e da própria Assembleia Geral da ONU, especialmente em meio ao enfrentamento de uma emergência sanitária que atinge todo o planeta e na qual todos os estados necessitam de recursos para atender sua população.
Maduro alertou ainda para o risco de ter fronteiras compartilhadas com o Brasil, país que segundo ele desdenha dos riscos da pandemia e citou exemplos como Manaus, que já apresenta colapso no sistema de saúde e enterros em covas coletivas.
E outro sinal de alerta vem do Mar do Caribe, com a presença de navios de guerra norteamericanos próximos ao território venezuelano, feita com o pretexto de intensificar a ‘política antidrogas’ no Caribe, que na verdade é parte de um teatro de horror em que o único objetivo é sufocar a nação bolivariana economicamente e ameaçar sua soberania e seus cidadãos.
Apesar das ameaças, a Venezuela vem obtendo sucesso nas medidas de saúde pública realizadas no contexto do enfrentamento ao coronavirus, especialmente no que diz respeito à seguridade trabalhista (o governo proibiu demissões até 31 de dezembro e assegurou integralmente o salário dos trabalhadores) e na garantia do acesso a saúde pública. O instituto de pesquisa Hinterlaces mostrou que 85% dos venezuelanos aprovam as medidas do governo.
Maduro também mobilizou 20 mil médicos (venezuelanos e cubanos) em mutirão de exames prévios que vem garantindo o controle da pandemia dentro do território venezuelano. Além disso, há uma medida especial de testagem em massa do Covid-19 na fronteira com a Colômbia, diante da chegada de milhares de venezolanos que retornam ao país. A Colômbia, assim como o Brasil, tem alta cifra de subnotificação de contágios reais. A Venezuela registrava 298 casos confirmados e dez mortes até o dia 22/4.